Cidade não recebia investimentos em água há mais de 40 anos
A Prefeitura de Vinhedo, por meio da Sanebavi, está investindo aproximadamente R$ 100 milhões em obras para garantir a sustentabilidade hídrica da cidade, um problema de décadas e que, desde 2021, começou a ser enfrentado pela administração municipal.
São várias ações paralelas sendo executadas em menos de quatro anos, como a construção da Represa 5, em andamento na região do Bairro dos Torres, que vai ampliar a reservação no município em mais 90 milhões de litros de água. O investimento vai trazer mais tranquilidade aos moradores, especialmente em épocas de estiagem, já que o volume armazenado é capaz de garantir a operação do sistema de captação do Bom Jardim por um período de aproximadamente 25 dias.
Prevista para ser entregue em dezembro, a represa está localizada em uma área de 18 mil m² e a 600 metros da atual captação do córrego do Bom Jardim. A água bruta concentrada nesse barramento, oriunda do Santa Fé e Bom Jardim, será enviada para a lagoa de captação e conduzida até a Represa 1, de onde seguirá para tratamento na ETA 1, eliminando qualquer tipo de perda. Atualmente, o sistema tem uma perda de 100 mil litros por hora.
Para isso, a Prefeitura finaliza a nova adutora do Bom Jardim com a implantação de 2.560 metros de tubulação, implantadas ao longo da Rodovia João Edenor Tasca.
Em paralelo a isso, a Prefeitura de Vinhedo já vem fazendo o trabalho de desassoreamento da Represa 1 “João Gasparini”, iniciado em julho passado, com conclusão até a metade deste ano.
Investimento histórico
Em 2022 a Prefeitura de Vinhedo entregou a represa IV. Mas, até então, foram 43 anos sem grandes investimentos na estrutura para aumento da oferta de água bruta. As últimas represas da cidade, a 2 a 3, datam de antes de 1980, época em que Vinhedo tinha cerca de 15 mil habitantes, bem diferente dos quase 80 mil de hoje.
Dentro desse planejamento está ainda, a construção de uma sexta represa, na região do Observatório, além da ampliação da ETA 2 no Jardim Santa Cândida que vai elevar de 50 para 150 litros por segundo a capacidade de tratamento de água. Também vai entrar em operação, a ETA 3, construída no São Joaquim em 2017, mas que nunca chegou a funcionar e vai tratar 720 mil litros por hora.
Dois novos reservatórios, de um milhão de litros de água cada, construídos no Observatório e no Mirante já estão em operação. Um terceiro reservatório, também com capacidade de um milhão de litros, será instalado na região da Capela.